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Edifícios de Chicago com energia renovável até 2025.

A cidade de Chicago anunciou, em agosto, um comunicado que afirma que todos os edifícios e instalações de propriedade do município serão 100% operados com energia limpa e renovável até 2025. A iniciativa é fruto da parceria entre a prefeita, Lori Lightfoot, e o Departamento de Ativos, Informações e Serviços (AIS).

Com o objetivo de “impulsionar ações climáticas de alto impacto, construir a força de trabalho de energia limpa do futuro e distribuir benefícios significativos para todos, de forma equitativa, para promover a economia de energia limpa local”, a estratégia foi viabilizada através de uma parceria multimilionária, entre as empresas Constellation Energy e Swift Current Energy, e a prefeitura.

A cidade já é uma das mais ativas do país na luta contra a emissão de carbono na atmosfera e conta com uma série de projetos em andamento, que seguem a mesma premissa. Um deles é a adaptação de todos os ônibus e veículos da cidade em automóveis totalmente elétricos — uma proposta que, segundo a prefeitura, deve ser concluída até 2035.

Assim, ao detalhar como pretende viabilizar a utilização de energia limpa pelos edifícios, o órgão público contou que o plano, de três anos, inclui alguns pormenores. Eles são:

  • A formalização de um contrato de fornecimento de energia, com prazo inicial de cinco anos com a Constellation, a partir de janeiro de 2023;
  • O abastecimento parcial por parte da prefeitura a locais com alto consumo de energia, como os aeroportos, a Harold Washington Library Center e a Jardine Water Purification Plant. Para isso, será utilizada energia limpa e renovável de uma nova instalação de geração solar, que está sendo desenvolvida pela Swift Current Energy;
  • O início da construção do projeto solar antes do final de 2022, gerando centenas de oportunidades de emprego;

• A obtenção de Créditos de Energia Renovável de outras fontes para prédios de pequeno e médio porte e iluminação pública.

Entretanto, engana-se quem acha que o projeto foi elaborado recentemente. O acordo tramita as discussões municipais de Chicago desde setembro de 2020, quando foi proposto pela AIS. Na época, o departamento já possuía o objetivo de reduzir a pegada de carbono de Chicago e acelerar a transição para energia limpa e renovável, descrita no Plano de Ação Climática de Chicago (CAP) de 2022.

Desta forma, ao elaborar o CAP 2022, a iniciativa de reduzir provisoriamente 62% das emissões de gases de efeito estufa até 2040 (por meio de investimento direto e ação da cidade de Chicago) já possuía respaldo. Incluindo a utilização da energia solar nas operações da cidade, espera-se que a redução seja de mais de 290.000 toneladas métricas por ano — o equivalente às emissões associadas a 62.000 veículos de passageiros.

“Com este acordo, Chicago se tornará uma das maiores cidades da América a alimentar suas operações municipais inteiramente com energia renovável — um resultado direto da visão ambiciosa da cidade, do processo de aquisição inovador e da louvável persistência mesmo diante de condições de mercado desafiadoras. Ao alavancar estrategicamente seu poder de compra para investir em energia renovável, empregos de qualidade em Illinois e programas comunitários, Chicago continua a demonstrar como as cidades podem dar o exemplo e moldar uma economia de energia limpa e equitativa”, conta Matthew Popkin, o Gerente de Transformação Urbana da RMI.

Como parte de sua agenda de neutralidade de carbono até 2050, a cidade de Nova York também fez um plano semelhante para comprar 100% de energia limpa para todas as operações do governo da cidade até 2025. De acordo com a agenda das Nações Unidas de neutralidade climática até 2050, Roma também anunciou a criação de um Laboratório intitulado “Laboratorio Roma050 – il Futuro della Metropoli Mondo”, um projeto proposto e liderado pelo arquiteto italiano Stefano Boeri, que visa traçar uma visão ecológica para Roma até 2050.

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