Em diversas partes do mundo, a seleção de cores desempenha um papel fundamental na arquitetura, mas talvez em nenhuma região isso seja tão marcante quanto na América Latina.
A realidade em El Salvador, por exemplo, é de um verdadeiro festival, com cores vibrantes se mostrando onipresentes, muito diferente da arquitetura monocromática norte-americana.
A América Latina é um território vasto e diversificado, de onde emergem estilos arquitetônicos ecléticos e vibrantes, cada um trazendo sua paleta de cores distinta.
Historicamente, as cores costumavam representar hierarquia e status social. No entanto, com a chegada da industrialização, o crescimento do turismo e o estímulo dos governos locais, houve um incentivo para o uso dessas cores históricas, visando atrair visitantes.
Embora em algumas regiões existam diretrizes governamentais sobre o uso de cores vivas, os profissionais locais ainda precisam entender como aplicar essas cores de maneira eficaz. Quanto mais arquitetos e designers compreenderem a importância dessas paletas, mais cuidado terão ao tomar decisões.
Para criar uma arquitetura que desperte emoções específicas nas pessoas, o arquiteto deve ser intencional e utilizar as cores com discernimento.
O rosa, em particular, teve um impacto notável no design na América Latina. Luis Barragán, um dos arquitetos mais influentes no México, frequentemente empregava o rosa em suas criações, muitas vezes em colaboração com o artista Jesús Reyes Ferreira (também conhecido como Chucho Reyes).
Além disso, o artista Ramón Valdiosera inspirou a criação do termo ‘rosa mexicano’, uma tonalidade presente em têxteis, artesanatos, residências e até mesmo em táxis por todo o país.